quinta-feira, 12 de maio de 2016

De Volta ao Hotel

Foi incrível!!!!

Nosso dia teve grandes emoções. Saímos cedo e fomos até o Museu de Israel, seguimos para o Gan Haatzmaut, onde almocamos. Depois nos concentramos no Kikar Safra, a praça da prefeitura de Jerusalém, onde comecou um breve espetáculo para esquentar a Marcha.

Durante o espetáculo, já dava para sentir a emoção que nos esperava hoje. Canções, danças e performances animadas, convocando a multidão para começar a marchar. Uma das apresentacões foi de uma leaká (grupo de dança) do exército. Eles dançaram e cantaram Shir Lashalom (uma canção para a paz). Acredito que tenhamos o único exército do mundo que com animação e graciosidade canta e dança pela paz. Se outros o fazem, não estou certo de que fazem com a mesma sinceridade ou fé no futuro. O que vimos foi um grupo de jovens de 18 ou 20 anos cantar por uma paz que realmente almejam. À vista pode parecer contraditório a união da farda com o clamor pela paz, mas aqui, isso é apenas parte de uma complexa realidade.

Marchamos então juntos até o Kotel. Jovens de todo o mundo com suas camisas coloridas, como na Polônia. À diferenca da Polônia, no entanto, aqui nao havia sinais de tristeza, somente de euforia e alegria. Um arco-íris de juventude cobriu as ruas da cidade velha, rodeou suas muralhas e penetrou em seu coração vivo - o Kotel Hamaaravi. Um coração de pedra, mas com alma. Basta pisar na cidade velha para entender que há gente que tem coração de pedra e há pedras que tem coração de gente. Aqui nossa história se encontra.

Lá estavámos: no lugar onde muitas gerações aspriraram chegar, comemorando a independência de Israel, sua democracia e a autodeterminação do povo judeu. Era o momento de fazer uma reflexão, rezar, colocar tefilin, um bilhetinho, ou apenas sussurrar um desejo - bem baixinho que tão somente nós mesmos podemos ouvir - cada um da sua maneira, coloriu hoje o pátio do Kotel.

Houve uma breve cerimônia. Seguimos para os onibus e fomos para Latrun. No caminho, paramos em frente à Universidade Hebraica para apreciar a vista de Jerusalem, especialmente da cidade velha, da qual recém saíamos, e aprender mais sobre a cidade com o Marcel, nosso guia.

Seguimos para Latrun, um antigo posto de controle Otomano, que se tornou o marco das divisões de blindados de Israel. Latrun fica numa colina privilegiada entre Jerusalém e Tel Aviv e controlá-la significa controlar o caminho. Por isso, duras batalhas foram travadas neste local de paisagem tão bela. Hoje Latrun é um museu da divisão de Shirion (blindados e tanques) de Israel. Lá, há um monumento a todos os soldados da divisão que pereceram (mais uma vez, tratando de dar dignidade e humanidade a cada vida que se perdeu).

Conhecemos um pouco dos tanques ali expostos. Alguns são alemães da segunda guerra mundial, outros são de países arabes que atacaram Israel e muitos são do exército Israelense de diferentes gerações.

Jantamos muito bem, e nos reunimos no Teatro de Latrun, à céu aberto, para o Mega Evento da Marcha. Insequecível! Malabaristas, percursionistas, performers de todos os tipos, além claro, de grandes cantores se apresentaram no palco. A presença de Shimon Peres, ex-presidente de Israel, também foi muito marcante. Ele disse palavras de incentivo aos jovens - palavras de paz e de preocupaçao com o futuro.

Agora já estamos no hotel. Meu computador ainda não funciona, de modo que estou com dificuldades para postar fotos e vídeos ("dificuldade" aqui é um eufemismo para impossibilitado...) e estou postando somente as fotos que tenho no celular. Também está difícil escrever, já que o celular não oferece a mesma facilidade que um bom e velho teclado QWERTY. Amanhã cedo vou tentar resolver e, bli neder, poderei postar amanhã muitas fotos e vídeos do que aconteceu hoje. Por enquanto, compartilho somente as do meu celular.












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